Esta época de Natal e Ano Novo tem um significado esotérico intenso, mas é preciso “olhos para ver”. Todo fechamento de ciclo e início de outro é uma grande oportunidade para avaliação e aprendizado!
O Natal tem simbolismos herdados de várias Escolas de Mistérios em suas diferentes manifestações em épocas e culturas diversas. Um exemplo é o uso do “Visco”, uma plantinha que não tem “raízes” na terra e depende da árvore hospedeira. Os mestres da Ordem Druídica colhiam o visco nos carvalhos, que é a árvore símbolo da conexão com o plano espiritual - “a árvore da vida”, os pinheiros também representam “a verdadeira vida” que se manifesta entre nós que estamos mortos para a luz divina, pois eles permanecem vivos sob a neve e nos trazem a mensagem de que o processo de “despertamento e redenção da nossa alma” deve ser realizado durante uma de nossas vidas na matéria.
O Visco é semeado na árvore pelas fezes dos pássaros “renasce através das sombras”, ele tem “sementes brancas que se tornam vermelhas”, no processo alquímico devemos trilhar a NIGREDO, encarando nossas sombras na travessia do deserto (da qual falamos no texto anterior sobre o Natal); após esta purificação nossa alma estará apta para trilhar o ALBEDO, que é o branco da pureza, quando então a nossa alma terá o vislumbre da centelha de luz divina que será alcançada no RUBEDO - a obra em vermelho - a união da alma com o espírito, o “Deus em nós” como dizia Jung.
É um costume anglo-saxão o “beijar embaixo do visco” para trazer paz e harmonia, mas seu simbolismo profundo é exatamente a união da alma com o espírito, que aparece em tantos contos de fadas representados pelo “príncipe e a sua consorte”.
O pinheiro, além de simbolizar a verdadeira “vida eterna” como já dissemos, sustenta os símbolos solares, marcando o solstício de inverno, com as bolas vermelhas e douradas (que antigamente eram fatias de laranjas secas e maçãs. Em seu topo ele carrega a estrela de cinco pontas, a “estrela de Belém” o “Pé de Druida” “Estrela Flamígera”... e muitas outras designações. Pitágoras definia o “Pentagrama” como o símbolo do himeneu (casamento) celeste, as Bodas Alquímicas, a união da ALMA e do ESPÍRITO.
Feliz Natal!
Na imagem abaixo: Druidas colhendo o visco no Carvalho (linda imagem da qual não conseguimos encontrar a autoria ainda ...)
